O ESTRAGO DOS PARLAMENTARES
Qual a dimensão do estrago causado
pela quadrilha formada por pouco menos de 10% do Congresso Nacional, usando como
intermediários a diretoria da Petrobrás e os empreiteiros que constroem as
refinarias e plataformas de prospecção da empresa?
É importante definir, desde logo,
para quem foi o rombo de caixa da Petrobrás, porque estes são os verdadeiros
chefes da quadrilha. Os intermediários apontam para os partidos PT, PP e PMDB,
com mais de quarenta nomes explícitos de senadores e deputados que receberam o
produto dos roubos.
Os portadores de mandato político estão sendo, às vezes
escandalosamente, preservados das investigações pelo próprio governo. E, no frigir dos ovos, escapam da Justiça dos Estados Unidos, que foca suas
investigações nos administradores e empreiteiros da companhia, que abasteceram
os partidos com dinheiro escuso, com prejuízo para os acionistas.
Enquanto isso, peritos norte-americanos
do Departamento de Justiça estão no Rio de Janeiro para colher mais evidências
relacionadas às denúncias, neste que é o mais rumoroso caso de denúncia de
corrupção que a Justiça investiga, além de outros 106 casos de menor porte.
Como o país tem sido cada vez menos tolerante com a corrupção, as indenizações
devem ser pesadas.
Há uma estimativa de que as multas e
indenizações aplicadas contra a Petrobrás podem superar as aplicadas contra a
Enrom, além de ter seu registro de ADR cassado na bolsa de valores de Nova
York.
(18
jan 2015)
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