A DIFÍCIL REALIDADE
Pela lei brasileira, a Petrobrás é vítima e fez algumas
outras vítimas. Entre essas vítimas estão fornecedores alcançados pela
insegurança jurídica da empresa, ou obrigados a demissões por suspensão dos
serviços, em virtude da inidoneidade das empreiteiras contratantes.
É, e vai
continuar sendo, um fantástico balaio de gatos. Os 890 mil contratos sob suspeita,
dos últimos 12 anos, causarão muito mais dificuldades do que aparentam à
primeira vista. Além das obras, das operações com sondas, tem toda a operação
pré-sal comprometida com o preço do petróleo atingindo os US$ 48 por barril.
As principais ações contra a empresa – que, nos Estados
Unidos, é ré, e não vítima – correrão pela Corte Distrital de Nova York,
levadas a julgamento com a presença do Gran Juri, e sentenciada a partir da
declaração de “culpada” ou “inocente”, no melhor estilo “Law & Order”, do
produtor Dick Wolf. Dick poderá até aproveitar o rumor do caso, e mandar
roteirar uns dois episódios (“to be continued”) dessa desastrada situação.
As ações nos Estados Unidos, provavelmente enquadrando a
Petrobrás como violadora da regra 10B5 da SEC, podem envolver a negociação de
mais de 700 milhões de ADRs da Petrobrás, segundo estimativa do advogado Erasmo
Valladão Azevedo. Cada ADR equivale a duas ações, ordinárias ou preferenciais.
Representa mais de 10% do capital social da empresa. Há o exemplo de apenas um
investidor, sultão em Abu Dhabi, que revela perdas de mais de um bilhão de
dólares.
Os trezentos e tantos mil investidores que compraram quotas
dos fundos FMP-Petrobrás não são acionistas da companhia. Cada fundo é que está
registrado como tal. Estes fundos é que teriam que entrar com ação na Justiça
brasileira contra o acionista controlador (a União, indelegavelmente
representada por Lula e Dilma), mais todos os conselheiros de administração
(incluindo Jorge Johanpeter e Fabio Barbosa, entre outros), contra a diretoria
e contra o Conselho Fiscal (onde brilha a Erenice, demitida da Casa Civil por
irregularidades conhecidas).
Estes cotistas ingressaram no capital da companhia
com mais de 7 bilhões de reais, através dos fundos, mas não têm direitos, nem
ao menos os do FGC (Fundo Garantidor de Créditos).
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