A UNIÃO, UMA
GRANDE INVESTIDORA
A União é uma grande investidora.
Fazem parte de seu portfólio de
investimentos ações ou quotas em 141 empresas estatais, abrigadas em 14
Ministérios, entre as quais alguns gigantes como Petrobrás, Eletrobrás, Banco
do Brasil, Caixa Econômica Federal, BNDES, Bancos do Nordeste e da Amazônia,
EMBRAPA e tantas outras.
Como ela cuida desses investimentos financeiros?
Como controladora das empresas, a
União vota a nomeação das diretorias. A par dos diretores técnicos, realmente
envolvidos nas 141 empresas, surgem os cargos políticos, como as presidências e
uma ou outra vice-presidência ou diretoria de relevo, e os cargos-de-encosto,
onde a União abriga seus cortesãos, que vão de cabos eleitorais a amantes de
todo gênero.
Para serem seus olhos e ouvidos, a
União mantém estes sistemas de fiscalização:
- Na Secretaria do Tesouro Nacional, na subsecretaria de Política Fiscal, o COPAR, gerido por Marcus Pereira Aurélio e Charles Carvalho Guedes;
- No Ministério do Planejamento, o Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (DEST), gerido por Murilo Francisco Barella;
- Na Procuradoria Geral da Fazenda Nacional, que nomeia por portaria funcionários da PGFN para representarem a União nas assembleias de acionistas das empresas estatais.
Uma vez conhecida a Ordem do Dia de
cada assembleia, estes funcionários são orientados sobre como proceder em nome
da União na votação.
Pesquisa informal indica que alguns
funcionários podem se abster de votar determinados itens da Ordem do Dia.
Nesses casos, a votação desse item será registrada sem o voto da controladora,
ou seja, será sempre um voto aprovado pela minoria.
Não há relatos de que aqueles que
investigam as ocorrências no rombo do caixa da Petrobrás tenham, até o momento,
consultado os relatórios desses fiscais da União.
(16
jan 2015)
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