quarta-feira, 21 de janeiro de 2015



COMO OS TUPINIQUINS 

TOCAM UM MINISTÉRIO


O ex-senador Eduardo Braga, revendedor de automóveis que foi investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) com a acusação de fraude, peculato e formação de quadrilha em licitação, quando ocupou o cargo de governador do Amazonas, e que entrou no MME como a mosca que caiu na sopa, garante que Graça Foster não está envolvida no rombo da Petrobrás, apesar de outra autoridade afirmar que nada indica que o processo de pagamento de propinas esteja estancado. 
O governo está com um pé atrás: acordos de leniência e termos de ajustamento de conduta farão os preços das licitações serem isentos de um benefício a quem os aprovar?
Preocupado com o orçamento doméstico, Eduardo nomeou Sandra, sua esposa, para ocupar o cargo de senador que ele abandonou para assumir o MME. Dá uma boa renda para a família.
Seu ministério organiza o planejamento político-estratégico de gigantes empresariais como a Petrobrás e a Eletrobrás, e outras áreas como a CPRM (ex - Companhia d Pesquisa de Recursos Minerais) hoje Serviço Geológico do Brasil, com mais de 500 profissionais da área para determinar as políticas do DNPM (Departamento Nacional da Produção Mineral) e do DNAEE (Departamento Nacional de Água e Energia Elétrica). 
Muita areia para o caminhãozinho do ex-revendedor de seminovos?
Braga reconhece que existe um sério problema nos investimentos da Petrobrás (e de outras áreas de seu ministério): encontrar quem os realize e que não esteja envolvido no rombo do caixa da Petrobrás.
A Petrobrás contratou João Adalberto Elek Junior, dono de excelente currículo no setor financeiro (que nunca exerceu atividades nas áreas de governança, gestão e risco e conformidade de procedimentos) para a diretoria de compliance.
Diretoria que está organicamente abaixo da presidência, a qual, por sua vez, está abaixo da inspetoria interna da Petrobrás, que responde exclusivamente ao Conselho de Administração.

(16 jan 2015)

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