COMO OS TUPINIQUINS
TOCAM UM MINISTÉRIO
O ex-senador Eduardo Braga,
revendedor de automóveis que foi investigado pelo Supremo Tribunal Federal
(STF) com a acusação de fraude, peculato e formação de quadrilha em licitação,
quando ocupou o cargo de governador do Amazonas, e que entrou no MME como a mosca
que caiu na sopa, garante que Graça Foster não está envolvida no rombo da
Petrobrás, apesar de outra autoridade afirmar que nada indica que o processo de
pagamento de propinas esteja estancado.
O governo está com um pé atrás:
acordos de leniência e termos de ajustamento de conduta farão os preços das
licitações serem isentos de um benefício a quem os aprovar?
Preocupado com o orçamento doméstico, Eduardo nomeou Sandra, sua esposa,
para ocupar o cargo de senador que ele abandonou para assumir o MME. Dá uma boa
renda para a família.
Seu ministério organiza o
planejamento político-estratégico de gigantes empresariais como a Petrobrás e a
Eletrobrás, e outras áreas como a CPRM (ex - Companhia d Pesquisa de Recursos
Minerais) hoje Serviço Geológico do Brasil, com mais de 500 profissionais da
área para determinar as políticas do DNPM (Departamento Nacional da Produção
Mineral) e do DNAEE (Departamento Nacional de Água e Energia Elétrica).
Muita
areia para o caminhãozinho do ex-revendedor de seminovos?
Braga reconhece que existe um sério
problema nos investimentos da Petrobrás (e de outras áreas de seu ministério):
encontrar quem os realize e que não esteja envolvido no rombo do caixa da
Petrobrás.
A Petrobrás contratou João Adalberto
Elek Junior, dono de excelente currículo no setor financeiro (que nunca exerceu
atividades nas áreas de governança, gestão e risco e conformidade de
procedimentos) para a diretoria de compliance.
Diretoria que está organicamente
abaixo da presidência, a qual, por sua vez, está abaixo da inspetoria interna
da Petrobrás, que responde exclusivamente ao Conselho de Administração.
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