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ESTADOS UNIDOS: TIRARAM A ESCADA,
estamos COM O PINCEL NA MÃO
Uriel de Magalhães
“Pobre Brasil! Tão longe de Deus, tão perto dos Estados Unidos...”
Parodiamos Porfirio Díaz, polêmico líder político
mexicano, da virada do século XIX para o XX.
A frase foi proferida há mais de 100 anos, mas, adaptada à nossa realidade, ainda é atualíssima.
Está totalmente adequada à nossa realidade destes tormentosos dias de março.
A frase foi proferida há mais de 100 anos, mas, adaptada à nossa realidade, ainda é atualíssima.
Está totalmente adequada à nossa realidade destes tormentosos dias de março.
Nosso cenário
básico para 2015 -- aquele em que vamos ter que viver, tomar nossas
decisões diárias de tocar as coisas, da casa e do trabalho -- vai se pautar, em
grande medida, por dois fatos de desenrolar contínuo, que pairarão sobre o país
como sol ou sombra, em proporção e matizes incertos.
Estes dois fatos são:
·
As repercussões, já inevitáveis, do caso Petrobrás, em sua espuma sobre o Judiciário
norte-americano. A virulência relativa dos indiciados/réus, nesses processos
(em leque!) ditará, de
forma dominante, o ritmo da perda incontornável de autoridade dos mais altos
representantes do Executivo e do Legislativo brasileiro. A perda grave de
condições de representatividade de figuras de proa da Republica, no Exterior,
ditará os rumos da política interna -- seu curso menor, de carta náutica --
quaisquer que estes sejam;
·
Por outro lado, de modo paralelo, para onde se moverem (ou, mesmo, não
se moverem!) os juros norte-americanos -- e já num ambiente político interno
conturbado, com inevitáveis redefinições, mas de detalhe, literalmente, ainda
não antecipável -- iremos nós, atrelados, como economia transitoriamente
submergente!
Ganham competitividade, neste ambiente agreste, os gatos escaldados do nosso dia-a-dia
econômico de uns 25 a 30 anos atrás -- que, inclusive, já brincaram de trocar
de moedas como as crianças trocavam figurinhas, ou talvez, em imagem mais fiel
(e, por isso, já batida),
os bebês trocavam de fraldas...
De positivo, por lá, a
previsível continuidade na recuperação da produção -- que vem acontecendo, já
há uns dois anos, em ritmo médio crescentemente vigoroso (a demanda
externa nos é duas vezes mais favorável do que o câmbio real, como estímulo às
exportações!).
(Economista pela PUC-RJ.
Doutor em Economia pela
EPGE/FGV,
com Pós-Doutorado em Economia & Finanças pela
Universidade de Chicago.
Professor e consultor.
Especialista em previdência, social e privada.)
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