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COPOM PODE ELEVAR
TAXA SELIC HOJE
Um preocupado
COPOM se reúne hoje, 4 de março de 2015, para fixar nova taxa SELIC que orienta o juro básico da
economia brasileira.
Analistas
preveem mais um soluço no gráfico, elevando a taxa básica para 12,75%. E
projetam para o final do ano manter essa taxa e fazê-la chegar aos 13%. Entre
outubro de 2012 e Março de 2013 o COPOM fixou a menor taxa SELIC da história,
no valor de 7,25%. Essa diferença revela as incertezas da administração da
moeda no Brasil.
A taxa
SELIC é a referência direta para a fixação da Taxa DI. Ambas são utilizadas
pelos bancos em suas operações de atacado:
- Utilizando a taxa SELIC: em operações de Open Market, quando fazem transferência de recursos em reservas bancárias, essenciais à manutenção da liquidez do Sistema Financeiro como um todo, com títulos públicos federais;
- Utilizando a Taxa DI, em operações de financiamento por um dia, para atendimento de suas necessidades em liquidez, com a emissão de certificados de Depósito Interfinanceiros (CDI).
O CMN – Conselho Monetário
Nacional fixa periodicamente a taxa básica das metas para inflação (inflation targeting), em sistema instituído
em junho de 1999. O indicador considerado é o Índice de Preços ao Consumidor
Amplo (IPCA). Para manter o nível de inflação esperado, o governo faz uso da
política monetária, por meio da taxa básica de juros, a Selic. Assim, caso o COPOM
(em nome do Banco Central) observe que a inflação corre o risco de superar a
meta, a tendência é elevar os juros.
A
taxa de juros foi o instrumento escolhido pelo governo, pois ela determinaria o
nível geral de consumo, já que a taxa Selic é a base das transações bancárias de
atacado e, portanto, influencia os juros de todas as operações na economia. Com
base nessas taxas SELIC e na sua referenciada DI, os bancos fixam suas
diferentes taxas de juros para toda sorte de operações de crédito e
investimento.
Nas operações de crédito, chamadas
de “operações ativas”, as taxas cobradas levam em conta a remuneração dos
investidores de quem captam os recursos, seus custos administrativos (muito
elevados no Brasil), os impostos incidentes nas operações, a inadimplência na
execução dos contratos de crédito e seus próprios lucros. Ao todo são 25
diferentes taxas as controladas pelo Banco: 13 para as pessoas físicas e 12
para as pessoas jurídicas.
O Banco Central publica
periodicamente as tabelas de juros das operações de crédito em vigor na rede
bancária. Estas operações variam bastante em custo para os tomadores de
crédito.
O BACEN lembra que “as taxas
de juros apresentadas correspondem à média das taxas praticadas nas diversas
operações realizadas pelas instituições financeiras, em cada modalidade. Em uma
mesma modalidade, as taxas de juros podem diferir entre clientes de uma mesma
instituição financeira. Taxas de juros variam de acordo com fatores diversos,
tais como o valor e a qualidade das garantias apresentadas na operação, a
proporção do pagamento de entrada da operação, o histórico e a situação
cadastral de cada cliente, o prazo da operação, entre outros. “
Nas operações de
investimento, chamadas de “operações passivas”, os bancos fixam-se normalmente
em torno da Taxa DI para remunerar os investidores (veja nosso post " A Taxa em Discussão", neste Blog, em 25 de janeiro de 2015)
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