sexta-feira, 6 de março de 2015


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Terapia para o
consumidor-investidor

Março está abrindo com inflação a 1% ao mês, e dólar a 1% ao dia.
O mercado futuro de juros já acusou o golpe. O mercado imobiliário está trancando -- cada vez menos transações acontecem, porque os compradores só se dispõem a pagar bem barato e os vendedores (na maioria) ainda querem se proteger da perda patrimonial, baseada em condições que já não existem mais. Logo, não fecha preço.
Quando a liquidez assume um valor alto -- e que pode continuar subindo por meses à frente -- a economia começa a emperrar. Assim se formam as recessões de carteirinha, aquelas que começam, com certeza, e não se sabe, ao certo, quando terminarão. 
No que aplicar dinheiro? Sem dúvida, em consumir menos: em quantidade e, se possível, até em despesa total corrente. Aguardar até o mercado se reacomodar, em condições mais realistas -- isso, supondo um bom controle da política econômica, a curto prazo. A condução desastrada dos diferentes ajustes fiscais que a Economia exige pode comprometer em grande escala essas projeções
Não é, absolutamente, uma crise com cara de passageira. Ela acumula o saldo crescentemente ruim da situação de anos recentes, e nos catapulta, com força, para um horizonte enevoado.
Baixar velas -- em alguns casos, até, parar. Triste, mas realista. Princípios de finanças comportamentais ajudam. Estamos atentos a isso, e acompanharemos o seu desenvolvimento.

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