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A ESTRUTURA DE CONTROLES
DA PETROBRÁS JÁ EXISTIA
A Graça Foster teve a
iniciativa de criar uma diretoria de compliance
na Petrobrás, subordinada à presidência da companhia, para aperfeiçoamento
dos controles internos e combate aos desvios financeiros e outros itens de
corrupção.
Esta área, na verdade,
deveria ficar subordinada ao presidente do Conselho de Administração, prestando
contas de seu trabalho ao acionista controlador da companhia, que é a União
Federal. Na empresa já existe uma auditoria interna subordinada ao Conselho
(portanto, acima da diretoria), e existem diversas repartições no Poder
Executivo encarregadas de supervisionar as atividades dessas companhias
estatais.
Estas repartições estão
na Secretaria do Tesouro Nacional, no Ministério do Planejamento e na
Procuradoria da Fazenda Nacional. Por suposto, o Ministério das Minas e Energia
também devia estar instrumentado para isso.
Como se sabe, ninguém
viu nada...
PRÁTICAS DE GOVERNANÇA
A Petrobrás relata
ainda que aperfeiçoa constantemente suas práticas de governança corporativa e
instrumentos de gestão, seguindo regras da CVM e da BM&FBovespa. No
exterior, observa as normas da SEC e da NYSE nos Estados Unidos, além de normas
nos mercados da Espanha e Argentina.
No começo do ano
passado, a Petrobrás mencionava em seu relatório estas informações:
·
A
estrutura de Governança Corporativa passou a ser formada por: Conselho de
Administração e seus três Comitês (Auditoria; Remuneração e Sucessão; e
Segurança, Meio Ambiente e Saúde), Diretoria Executiva, Conselho Fiscal,
Auditoria Interna, Ouvidoria Geral e Comitê de Negócios.
·
O
Conselho de Administração aprovou a atualização das Diretrizes de Governança
Corporativa, de forma a contemplar decisões tomadas pela Assembleia Geral e
pelo próprio Conselho, que refletiram no conteúdo do documento;
·
As
Certificações de Controles Internos do exercício de 2012 da Petrobras e da
Petrobras Argentina foram concluídas em atendimento à Seção 404 da Lei
Sarbanes-Oxley (SOX) e à Instrução CVM 480/09.
·
Os
relatórios financeiros consolidados foram certificados, sem ressalvas, pelos
auditores independentes, como nos anos anteriores. Essas certificações são
planejadas e colocadas em operação pela nossa área corporativa de Controles
Internos, que reúne os principais processos da controladora, das subsidiárias e
das controladas, que se enquadram na categoria de relevantes, de acordo com os
quesitos da SOX/CVM e suas regulamentações.
·
A
supervisão dos trabalhos fica sob a responsabilidade da Comissão de Controles
Internos e Conformidade. O acompanhamento é feito pelo Comitê de Integração
Financeiro e pelo Comitê de Auditoria do Conselho de Administração.
·
O
processo de certificação anual está estruturado em três etapas: verificação da
conformidade dos desenhos de processo e da autoavaliação dos controles (nível
de entidade, processos e tecnologia da informação) pelos gestores e testes
independentes pelas auditorias internas.
Ou seja, a Petrobrás
jamais poderia alegar que não tinha seus controles internos estruturados.
Tinha. Apenas não funcionaram.