Os
cofres magros
do
governo do brasil
Segundo a gíria de um treinador de
futebol do século passado, o Brasil vai arrecuar
os alfes[1]
para evitar ser goleado pelos times de rating.
Mas não conseguirá evitar que os
cofres da Receita Federal emagreçam ao redor dos US$ 37 bilhões, valor
aproximado de um trimestre de custo de juros Selic, por causa da queda na
arrecadação de impostos.
Não há de ser com leilões sobre
concessões de aeroportos, ferrovias e rodovias que o refresco chegará antes do
fim do ano, já que os procedimentos do governo para concluir os processos são
demorados, como sói acontecer com a administração pública federal.
O ministro Joaquim Levy pretende obter do Congresso uma lei para buscar capitais evadidos do Brasil por conta dessas crises, fixando uma meta em torno dos US$ 11,5 bilhões, o que se converte numa retomada de US$ 35 bilhões que teriam saído irregularmente do país, para aplicações no Exterior. Em vez de multa de 35% sobre tais capitais, o governo poderia pensar em repatriar valores mais elevados, se adotasse – por exemplo – acolhe-los como aplicações de longuíssimos prazos em títulos federais, com cláusula de impedir a sua transferência.
Mas o que realmente convenceria as
agências de rating a valorizar a
economia brasileira seria começar com uma reforma previdenciária eficaz, aí
incluída a revisão dos formatos da previdência dos servidores públicos.
Leve-se em conta, desde já, o perigo
de deflagrar uma verdadeira pauta-bomba na Câmara dos Deputados, neste começo
de agosto, com medidas ajustadas pelo seu presidente Eduardo Cunha, com estas
iniciativas:
1.
Pedidos de impedimento da presidente Dilma;
2.
Votação dos vetos presidenciais ao fator previdenciário, ao reajuste dos
servidores do Poder Judiciário e à revisão dos rendimentos do FGTS;
3.
CPIs do BNDES e fundos de pensão;
4.
Votação das prestações de contas do governo anterior, atualmente em fim de
análise pelo TCU.
Nada disso ajuda a acalmar a situação
econômica.
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