sábado, 1 de agosto de 2015





Os cofres magros
do governo do brasil

Segundo a gíria de um treinador de futebol do século passado, o Brasil vai arrecuar os alfes[1] para evitar ser goleado pelos times de rating.
Mas não conseguirá evitar que os cofres da Receita Federal emagreçam ao redor dos US$ 37 bilhões, valor aproximado de um trimestre de custo de juros Selic, por causa da queda na arrecadação de impostos.
Não há de ser com leilões sobre concessões de aeroportos, ferrovias e rodovias que o refresco chegará antes do fim do ano, já que os procedimentos do governo para concluir os processos são demorados, como sói acontecer com a administração pública federal. 






   O ministro Joaquim Levy pretende obter do Congresso uma lei para buscar capitais evadidos do Brasil por conta dessas crises, fixando uma meta em torno dos US$ 11,5 bilhões, o que se converte numa retomada de US$ 35 bilhões que teriam saído irregularmente do país, para aplicações no Exterior. Em vez de multa de 35% sobre tais capitais, o governo poderia pensar em repatriar valores mais elevados, se adotasse – por exemplo – acolhe-los como aplicações de longuíssimos prazos em títulos federais, com cláusula de impedir a sua transferência.
Mas o que realmente convenceria as agências de rating a valorizar a economia brasileira seria começar com uma reforma previdenciária eficaz, aí incluída a revisão dos formatos da previdência dos servidores públicos.
Leve-se em conta, desde já, o perigo de deflagrar uma verdadeira pauta-bomba na Câmara dos Deputados, neste começo de agosto, com medidas ajustadas pelo seu presidente Eduardo Cunha, com estas iniciativas:
1.   Pedidos de impedimento da presidente Dilma;
2.   Votação dos vetos presidenciais ao fator previdenciário, ao reajuste dos servidores do Poder Judiciário e à revisão dos rendimentos do FGTS;
3.   CPIs do BNDES e fundos de pensão;
4.   Votação das prestações de contas do governo anterior, atualmente em fim de análise pelo TCU.
Nada disso ajuda a acalmar a situação econômica.








[1] Reforçar a defesa com mais volantes de contenção.

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