JUROS: BRASIL SOBE, RÚSSIA BAIXA
Como se cuida dos juros primários da
economia de um país?
Você pode aumentá-los, para conter a
inflação.
Ou pode reduzi-lo, para controlar a
recessão.
A Rússia está neste último caso, porque
optou por baixar novamente sua taxa de juros do CBR (Central Bank of Russia), desta vez para o patamar de 11% ao ano.
Fonte: CBR |
É uma queda sensível, depois que o CBR
elevou essas taxas ao nível de 17%, apenas oito meses atrás.
A consequência dessa alta foi um rublo
muito instável, mais inflação, mais desemprego, queda nos salários e aumento da
pobreza.
É um risco calculado: juro mais baixo é
sinônimo de mais inflação, queda no produto interno bruto e todas as demais inquietações.
A dependência dos preços do petróleo é
muito grande no país. Mas as correções têm que ser feitas.
Enquanto isso, a economia brasileira tem
que suportar o juro primário na casa dos 14,25%, com uma expectativa de que
essa taxa se mantenha até poder ser reduzida, desde que as medidas de correção
dos desajustes fiscais sejam bem sucedidas.
Tanto Brasil quanto Rússia, todavia,
olham com atenção a mesma tela: aquela que dá notícias sobre a elevação das
taxas de juros dos Estados Unidos. Em cada país as pressões serão diferentes, mas
a subida do juro do FED mexerá com todos eles. Recentemente, o BC americano
terminou seu último encontro de política monetária mantendo a taxa de juro
próxima de zero, onde se encontra desde 2008.
TABELA GERAL
Esta tabela é originada pelo Banco
Central da Rússia, e espelha as taxas de juros primárias nominais de 26 países
que representam 90% da população mundial.
Por ela se verá que os russos creem que,
com exceção de Brasil e África do Sul, há uma tendência mundial de baixas taxas
de juros primários:
África do Sul
|
6,000 %
|
||
Arábia Saudita
|
2,000 %
|
||
Austrália
|
2,000 %
|
||
Brasil
|
14,250 %
|
||
Canadá
|
0,500 %
|
||
Rep. Tcheca
|
0,050 %
|
||
Chile
|
3,000 %
|
||
China
|
4,850 %
|
||
Coreia do Sul
|
1,500 %
|
||
Dinamarca
|
0,050 %
|
||
Estados Unidos
|
0,250 %
|
||
Europa
|
0,050 %
|
||
Grã-Bretanha
|
0,500 %
|
||
Hungria
|
1,350 %
|
||
India
|
7,250 %
|
||
Indonésia
|
7,500 %
|
||
Israel
|
0,100 %
|
||
Japão
|
0,100 %
|
||
México
|
3,000 %
|
||
Noruega
|
1,000 %
|
||
Nova Zelândia
|
3,000 %
|
||
Polónia
|
1,500 %
|
||
Rússia
|
11,00%
|
||
Suécia
|
-0,350 %
|
||
Suíça
|
-0,750 %
|
||
Turquia
|
7,500 %
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário