segunda-feira, 5 de outubro de 2015





Armadilha política
põe Futuro em risco


NOTA: este Panorama Financeiro se sente na obrigação de deter-se numa avaliação das crises ética e política que ameaçam a sociedade, ao mesmo tempo que reconhece que os indicadores pelos quais estrutura suas análises sofrem interferências que comprometem uma avaliação mais segura das projeções sobre a atividade econômica e financeira nos próximos meses.
Essas interferências decorrem de iniciativas do governo federal, que tornam a expectativa para o futuro uma balbúrdia, levando o risco Brasil à sua situação mais crítica.

Esta semana Lula assumiu a chefia do país por interposta pessoa, a quem já havia outorgado um mandato sem representação, a que Dilma Rousseff apenas empresta o nome.
Mas Lula assumiu o quê? O que esperar desse ministério desqualificado que ele apresenta ao país? Ou desse Congresso presidido por dois indiciados em fatos criminosos? Ou desse tribunal constitucional que parece querer livrar a cara dos amigos do rei? Espera que essa gente encaminhe uma Grande Reforma? Que revolucione a gestão pública em benefício da sociedade?
O que Lula pretende neste país de nível de confiança seriamente abalado, com indicadores econômicos destroçados, com indicadores sociais a perigo?
É simples, e desastroso: Lula pretende apenas defender seu projeto de poder, apesar de este projeto estar completamente minado pela incúria, pela desídia e por uma série que parece interminável de delitos comuns do colarinho branco, que envolveram – e envolvem ainda – valores acima de qualquer avaliação.
Se vai dar certo com ele, apenas o tempo dirá. O povo está ao relento, abandonado à sua própria sorte.

CRISE QUE MEXE COM A GENTE
Aprisionada numa armadilha política a três meses do fim do primeiro ano do seu segundo e último mandato, Dilma Rousseff expõe aos brasileiros os números que tornam as suas vidas cada vez mais arriscadas, mais difícil de ser vividas, mais inseguras quanto ao futuro.
Os números são realmente inquietantes[1]:
·        A inflação fura o teto dos 10% anuais, em direção a números ainda maiores;
·        O PIB fura o piso dos 3% negativos, em direção a números ainda piores;
·        O dólar sobe pelas paredes, bate nos R$ 4,00, devido ao aumento do risco;
·        O emprego fecha as portas para 8,6 milhões de pessoas;
·        A Selic diz que fica onde está (14,25%)... a não ser que não fique;
·        A produção industrial desaba 9% em relação a agosto de 2014.



[1] Em nossa postagem de 29 de março deste ano já antecipávamos, em trabalho conjunto com o economista dr. Uriel de Magalhães, que a inflação brasileira rumava para os níveis de 10% a 12% em 2015, e o PIB perderia entre 3% e 4% de seu valor. Infelizmente essas avaliações se confirmam agora. 

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