Armadilha
política
põe Futuro
em risco
NOTA: este Panorama Financeiro se sente na
obrigação de deter-se numa avaliação das crises ética e política que ameaçam a
sociedade, ao mesmo tempo que reconhece que os indicadores pelos quais
estrutura suas análises sofrem interferências que comprometem uma avaliação
mais segura das projeções sobre a atividade econômica e financeira nos próximos
meses.
Essas interferências
decorrem de iniciativas do governo federal, que tornam a expectativa para o
futuro uma balbúrdia, levando o risco Brasil à sua situação mais crítica.
Esta semana Lula assumiu a chefia do
país por interposta pessoa, a quem já havia outorgado um mandato sem
representação, a que Dilma Rousseff apenas empresta o nome.
Mas Lula assumiu o quê? O que
esperar desse ministério desqualificado que ele apresenta ao país? Ou desse
Congresso presidido por dois indiciados em fatos criminosos? Ou desse tribunal
constitucional que parece querer livrar a cara dos amigos do rei? Espera que
essa gente encaminhe uma Grande Reforma? Que revolucione a gestão pública em
benefício da sociedade?
O que Lula pretende neste país de
nível de confiança seriamente abalado, com indicadores econômicos destroçados,
com indicadores sociais a perigo?
É simples, e desastroso: Lula
pretende apenas defender seu projeto de poder, apesar de este projeto estar
completamente minado pela incúria, pela desídia e por uma série que parece
interminável de delitos comuns do colarinho branco, que envolveram – e envolvem
ainda – valores acima de qualquer avaliação.
Se vai dar certo com ele, apenas o
tempo dirá. O povo está ao relento, abandonado à sua própria sorte.
CRISE QUE MEXE COM A
GENTE
Aprisionada numa armadilha política
a três meses do fim do primeiro ano do seu segundo e último mandato, Dilma
Rousseff expõe aos brasileiros os números que tornam as suas vidas cada vez
mais arriscadas, mais difícil de ser vividas, mais inseguras quanto ao futuro.
Os números são realmente
inquietantes[1]:
·
A inflação fura o teto dos 10% anuais, em direção a números ainda maiores;
·
O PIB fura o piso dos 3% negativos, em direção a números ainda piores;
·
O dólar sobe pelas paredes, bate nos R$ 4,00, devido ao aumento do risco;
·
O emprego fecha as portas para 8,6 milhões de pessoas;
·
A Selic diz que fica onde está (14,25%)... a não ser que não fique;
·
A produção industrial desaba 9% em relação a agosto de 2014.
[1] Em nossa postagem de 29 de março deste ano já
antecipávamos, em trabalho conjunto com o economista dr. Uriel de Magalhães,
que a inflação brasileira rumava para os níveis de 10% a 12% em 2015, e o PIB
perderia entre 3% e 4% de seu valor. Infelizmente essas avaliações se confirmam
agora.
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