terça-feira, 13 de outubro de 2015




Sequência perversa dos
números da Economia
Em entrevista à imprensa, o presidente do Banco Central do Brasil foi taxativo e categórico: “estamos vendo níveis anormais de incerteza e não sabemos se esses níveis vão persistir”. Por isso, adiantou, “o Banco Central não reagirá a movimentos de curto prazo”.
Iniciada mais uma semana, 120 analistas de mercado (uma inflação de profissionais: normalmente eram apenas 100...) alimentam essa visão pessimista, ao projetar uma retração no PIB para o nível de (-) 2,97%, e de 9,7% para a inflação anualizada, uma série continuada de avaliações negativas do desempenho da Economia em 2015.
Ao mesmo tempo, as prévias para outubro dos principais indicadores econômicos são preocupantes e desconfortáveis, eis que apresentam o recrudescimento da evolução negativa da inflação e da recessão, conforme mostram os gráficos a seguir:
Acompanhando essa série, o nível da produção industrial encolhe 7% (era de 6,55% a uma semana), enquanto dados do mercado de trabalho mostram que as negociações salariais de 111 categorias profissionais apontam para um achatamento nos aumentos, que não ultrapassam os níveis de inflação nos períodos considerados. Em quase 20% dos lares do país, nenhum morador tem emprego, segundo estudo divulgado no último domingo. Alguns estados têm essas médias em valores bem superiores.
A cotação do dólar continua sendo precificada a partir de expectativas na decisão do FED dos EUA sobre o adiamento do aumento da taxa de juros, porque EUA precisam aumentar sua inflação até nível de 2%. Eles não querem deflação, porque ambiente deflacionário significa adiar compras, reduzindo padrões de consumo. Esta condição, aliada aos níveis de risco político sistêmico observado no Brasil, resultou em recuo nas cotações esta semana, sem que se possa confirmar essa tendência nos próximos dias.
Nossa visão de mercado, em post com participação decisiva do dr. Uriel de Magalhães, antecipada desde final de março último, já apresentava indicadores que, na prática, se igualam aos deste começo de outubro:

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