Sequência
perversa dos
números
da Economia
Em entrevista à imprensa, o
presidente do Banco Central do Brasil foi taxativo e categórico: “estamos vendo
níveis anormais de incerteza e não sabemos se esses níveis vão persistir”. Por
isso, adiantou, “o Banco Central não reagirá a movimentos de curto prazo”.
Iniciada mais uma semana,
120 analistas de mercado (uma inflação de profissionais: normalmente eram
apenas 100...) alimentam essa visão pessimista, ao projetar uma retração no PIB
para o nível de (-) 2,97%, e de 9,7% para a inflação anualizada, uma série
continuada de avaliações negativas do desempenho da Economia em 2015.
Ao mesmo tempo, as prévias
para outubro dos principais indicadores econômicos são preocupantes e
desconfortáveis, eis que apresentam o recrudescimento da evolução negativa da
inflação e da recessão, conforme mostram os gráficos a seguir:
Acompanhando essa série, o
nível da produção industrial encolhe 7% (era de 6,55% a uma semana), enquanto
dados do mercado de trabalho mostram que as negociações salariais de 111
categorias profissionais apontam para um achatamento nos aumentos, que não ultrapassam
os níveis de inflação nos períodos considerados. Em
quase 20% dos lares do país, nenhum morador tem emprego, segundo estudo
divulgado no último domingo. Alguns estados têm essas médias em valores bem
superiores.
A cotação
do dólar continua sendo precificada a partir de expectativas na decisão do FED
dos EUA sobre o adiamento do aumento da taxa de juros, porque EUA precisam aumentar
sua inflação até nível de 2%. Eles não querem deflação, porque ambiente deflacionário significa adiar compras, reduzindo padrões de consumo. Esta
condição, aliada aos níveis de risco político sistêmico observado no Brasil,
resultou em recuo nas cotações esta semana, sem que se possa confirmar essa
tendência nos próximos dias.
Nossa visão de mercado, em post com participação decisiva do dr. Uriel de Magalhães, antecipada desde final de março último, já apresentava indicadores que, na prática, se igualam aos deste começo de outubro:
Nossa visão de mercado, em post com participação decisiva do dr. Uriel de Magalhães, antecipada desde final de março último, já apresentava indicadores que, na prática, se igualam aos deste começo de outubro:
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