quinta-feira, 4 de junho de 2015






 O INDESEJÁVEL EMAGRECIMENTO

DA ECONOMIA BRASILEIRA


No país de pouquíssimas pessoas otimistas em relação ao futuro, a taxa de juros primários da Economia sobe pela sexta vez, chega aos 13,75% ao ano, se equipara a outra que se perdeu na história, e ainda tem fôlego para aumentar mais, porque é preciso derrubar a taxa de inflação que assola a Economia debilitada. Esta é a regra do sistema de metas de inflação, da qual não se pode fugir (ainda que, às vezes, o remédio seja exagerado).
O consumidor desconfia, porque a inflação está acima dos 8%, o desemprego chegou aos 8%, e ele não vê reação nas suas relações econômicas domésticas, onde os preços crescem, as prateleiras não são repostas, os seus amigos reduzem suas compras.
Por mais que os jornais de TV mostrem situações muito semelhantes, os problemas reais parecem maiores do que aqueles números, gráficos e tabelas.
A deterioração da imagem da chefe de governo, o conflito político em que ela está enredada, a insegurança que sua má administração transmite, nada disso ameniza o cenário. Ao contrário, o dia-a-dia assume proporções que indicam que Dilma Rousseff não tem domínio sobre as posições que o Congresso jogou no seu colo emagrecido.
Novas derrotas em suas relações com os parlamentares a deixarão em situação cada vez pior, abandonada em seu gabinete, com dificuldade para reverter sua pobreza política, e levar a cabo problemas como:
·        O fator previdenciário;
·        O esfarelamento da sua maioria parlamentar;
·        O questionamento da sua estrutura ministerial;
·        A desoneração trabalhista;
·        A redução da maioridade penal;
·        A sabatina na nomeação das chefias das empresas estatais;
·        A quebra do sigilo das operações do BNDES;
·        Os movimentos de defesa do projeto de poder do seu criador.
Falta ao governo um pacote de estabilização para o crescimento da Economia, que exige um esforço (que o governo precisa fazer) para revolucionar o sistema educacional em busca da melhor qualificação do trabalhador, dar-lhe melhores condições de saúde e higiene, e transformar as comunidades em bairros, onde a vida das pessoas adquira um mínimo de normalidade.
É este conjunto de providências que permitirá formular com melhores condições de êxito um programa de reformas macroeconômicas, num plano multianual de desenvolvimento.
Se a correção dos atuais desajustes fiscais não se consolidar numa negociação com as forças políticas, todos por um e um por todos buscando atingir objetivos definidos, talvez não faça sentido sacrificar a sociedade contingenciando um Orçamento já por si debilitado, porque a Economia não reagiu a qualquer estímulo, e vai devagar, quase parando.

















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