terça-feira, 3 de novembro de 2015




10 x 10
%

Governar é:
·        Administrar o desenvolvimento das atividades econômicas e sociais do país;
·        Cuidar da estabilidade da moeda e manter o seu poder de compra;
·        Proporcionar aos cidadãos a situação de pleno emprego
Evidente que Dilma Rousseff guarda um mandato presidencial na gaveta da cômoda, mas não governa.
Não há desenvolvimento, a moeda está instável já ao nível dos 10% anuais, e logo depois das festas de fim de ano o desemprego chegará aos 10%, uma situação de conflito estudada por economistas, com alta taxa de inflação e desemprego crescente, ao mesmo tempo. Estes 10 x 10 do quadro inicial deixam inquietantemente claro que o país não suportará por muito tempo que se mantenham essas tendências[1].
Escravizadas pelos preços administrados dos serviços públicos, as tendências se corporificam, levam a atividade econômica para situação comprometedora e, pior que tudo, sem o vislumbre de qualquer liberdade de ação, já que os cleros parlamentares – cada dia mais baixos - olham apenas os seus sujos umbigos.
Qual deveria ser, agora, o papel dos Poderes Legislativo e Judiciário? Sentar junto com o Poder Executivo e, respeitadas as suas independências, unir-se num esforço total, para arrumar a bagunça que Lula e, principalmente Dilma, fizeram na administração financeira do país.
Nessa união, teriam que reconhecer que a arrumação depende, visceralmente, de severas mexidas na Constituição de 1988. Precisariam fazer um rol dos direitos concedidos ao povo brasileiro, e dos deveres para com o país. Acima de tudo, estes dois Poderes precisam rever as suas próprias regalias, exponencialmente maiores do que as gozadas pelo Poder Executivo, e cortá-las com precisão cirúrgica, antes de reformular as vantagens prescritas na Constituição.
Você pode esperar isso do nosso Congresso e dos nossos Tribunais Superiores? Pois bem: um partido, o PMDB, ousa propor uma evolução na condução dos negócios públicos. Diferente daquela “agenda Brasil“ que o senador Renan Calheiros sacou do bolso do colete para compor-se com a presidente Dilma Rousseff. 
Segundo texto divulgado em e-mails, “o documento, que se intitula “Uma Ponte para o Futuro”, alinha, na prática, o esboço do que deve ser a agenda do governo, segundo o PMDB, para a superação da mais forte recessão das últimas décadas. Embora restrita aos campos fiscal e orçamentário, que constituem as providências para ação imediata de superação do impasse atual, a proposta do PMDB é de uma concisão e coragem de inovação nunca vistas em documentos partidários.”

OS NÚMEROS DA SEMANA
Nosso estudo, baseado em avaliação do dr. Uriel de Magalhães, aproxima-se dos Top Five entre os analistas consultados pelo Banco Central (aqueles que mais se aproximam da realidade), quando fixam em 9,91% a taxa de inflação sofrida pela economia nos últimos 12 meses, e a queda no produto de (-) 3,05%, conforme mostram os gráficos.
A taxa de juros primários fixada pelo COPOM, que se manteve em 14,25% na última reunião, deve alterar-se para o nível dos 13% em 2016, buscando no horizonte relevante de 2017 uma taxa condizente com a recuperação da atividade econômica.

Não há melhorias na taxa de câmbio, com o dólar saindo de uma projeção de R$ 4,13 para a de R$ 4,20 em 2016.








[1] As projeções de desemprego são piores que os dados conhecidos. A desocupação medida pela Pnad contínua, indicador amplo do IBGE, chegará a 9,4% no ano e 11,3% em 2016, o que se deve, em especial, ao aumento da população que busca atividade para compensar a perda de poder aquisitivo ou o desemprego na família. (Boletim mensal Macro Ibre, da FGV)

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